segunda-feira, agosto 25, 2008

Blind?



Se nada do que fazes tem significado, se as palavras que dizes não têm um objectivo a atingir, di-lo agora e acorda de um mau sonho. Alivia-te do arrependimento que se alojou profundo. Não saias e deixa as lágrimas voltar a cair. Porque sabes que esta vez é mesmo a sério. Acreditas que desta vez é para ficar.

domingo, agosto 10, 2008

Sem calcular



Dois dias desta semana,
e voo no carro,
observando todo o asfalto a desaparecer debaixo de mim,
a estrada vai caindo para trás;
e o retorno é banido, abandonado à sua sorte.
E a vontade é de não parar.

Aqui estou eu sentado a desejar já estar a caminho de algures.
É o melhor que se pode ter: seguir.

quinta-feira, agosto 07, 2008

O dia em que o Computador engoliu a Avó



O computador engoliu a avó. Sim, é verdade. Ela teclou "control" e "enter" e desapareceu de vista. Devorou-a completamente, só de pensar nisso até me arrepio. Ela deve ter sido apanhada por um vírus. Procurei na reciclagem e nos ficheiros de todo o tipo: até fui à Internet, mas não encontrei nada. Em desespero, perguntei ao cão que procura, esgravata e refina a busca. A resposta do simpático animal foi negativa, nem uma avó foi apanhada "online".

Caros amigos e amigas, se por algum estranho acaso (ele há Entroncamentos informáticos) aparecer a minha querida avozinha na vossa "Inbox", enviem-ma de volta por favor. É claro que podem ficar com uma cópia mas a original é só para mim.

terça-feira, agosto 05, 2008

Não estranho



Um soldado de cimento, olha para os olhos e vês um berlinde vermelho, uma promessa. Uma viagem para uma cidade do México, a garganta seca.

Tenho muitos maus hábitos que ainda preciso controlar. Tivesse eu um cêntimo por cada jogo que arrisquei. Não tem piada como o tempo nos escapa? Rewind e repito a minha vida. Nunca jurei aliança a sangue algum, suor e imposto. Não me tomem por engano como dócil, não tomem a minha raiva por ressentimento. É por isso que estou quieto. Não se enganem no preço.

segunda-feira, agosto 04, 2008

Mensagem



As árvores dizem o teu nome quando o vento pergunta, a chuva repete-o quando o céu se debruça. Sinto o teu respirar nos meus lábios, os teus breves movimentos, cores que se podem ouvir.
Os meus lábios encontram o teu sorriso mesmo naquele momento. Vejo mais do que posso ver mas nunca o suficiente.
Uma mensagem, esta imagem.

sexta-feira, agosto 01, 2008

Católico artificial



Há 40 anos, mais dia menos noite, o Papa Paulo VI assinou a encíclica Humanae Vitae, que negava aos católicos o uso de métodos "artificiais" de contracepção.
40 anos mais tarde, uma dúvida persiste na minha mente ímpia: qual o grau de conhecimento real (saber de experiência feito) que esta gente terá relativamente ao sexo?

Ah pois, os meninos do coro... esses não precisam de métodos artificiais. Tudo bem perante Deus, portanto.