terça-feira, dezembro 16, 2008

Odeio musicais #1: Musica no Coração



Todos os Natais é a mesma merda… três horas e meia! Há mulheres em trabalho de parto que não sofrem assim por tanto tempo. Aposto que não sou a única pessoa a torcer pelo Rolf e os seus Nazis quando andam à caça dos pirralhos lá para o final do filme. Afinal de contas este é um filme sobre uma gaja que não é suficientemente competente para ser uma Freira. Considerando a dificuldade e complexidade dos deveres de uma freira, não posso deixar de questionar acerca das suas capacidades. Que tipo de atrasada mental é esta gaja que nem sequer consegue ser uma freira em condições? Pelo que sei, os deveres em causa são:

a) vestir-se como um pinguim
b) deixar-se estar quietinha, de ar pensativo e sereno
(Há um c) que envolve espancar crianças mas é mais comum em dramas Irlandeses)

Ela é uma imbecil com problemas do foro mental e não deveria ser deixada a tomar conta de seis crianças. Especialmente crianças que transformam as coisas fofas numa forma de arte. Tal como a gaja transforma cortinas em roupas. Lembras-te daquele puto na escola a quem a mãe fazia roupas a partir dos cortinados? Não, eu também não – imagino que tenha reprimido da minha mente o seu trágico suicídio.

Já tive fantasias com a Julie Andrews a rodopiar monte acima no início da Merdosa Musica no Coração. Esperando que, desta vez, o monte de repente acabasse num precipício e ela continuasse a rodopiar até cair. A cantar durante toda a queda “until now everything is okaaaahhh!...” Plocht!

Se o meu menino, em vez de se meter na cama, estivesse cinco minutos a chatear-me com uma canção multilingue, acho que o recambiava de imediato para o Colégio Militar.

Quanto ao Capitão Von Trapp da Marinha Austríaca. A Áustria é uma terra entalada e, tanto quanto me lembro, sem costa marítima. O cabrão limita-se a dar umas voltas no lago Geneva. Então, temos uma Freira falhada, um capitão inútil e uma família de crianças ignóbeis (especialmente a mais nova com uma cara tipo couve de bruxelas) - versus os Nazis. Serei eu o único a torcer pelos Nazis? Força Rolf, vai-te a eles!

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Patologia do Francês Saltitante



Esta é uma patologia extremamente rara descoberta em 1878 e foi observada inicialmente nos lenhadores Canadianos (da parte francesa, pois claro). Os indivíduos têm uma reacção súbita e anormal a estímulos. Por exemplo, quando lhe dão uma ordem numa voz suficientemente alta o indivíduo ira executar essa ordem imediatamente e sem sequer pensar, mesmo se lhe disseres para espancar a sua própria avó, ou atirar-lhe a panela de pressão à cabeça. Também, ao ouvir frases pouco familiares ou estrangeiras irão repeti-las vezes e vezes sem conta, incontroladamente. Outros sintomas incluem movimentos estranhos quando um ruído alto é ouvido, daí o aspecto “saltitante” desta patologia.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Creacionismo



A questão que importa colocar é: acreditam estes senhores e senhoras que os dinossauros andavam por cá há 4000 anos atrás? Estas eminências pardas apoiam o ressurgimento do creacionismo (algo entre Lazaro e um filme do George Romero), movimento que começa a espalhar-se tipo cogumelo como uma “alternativa” às explicações científicas da origem das espécies e, num sentido mais lato, do próprio Universo.

Não posso deixar de salientar o que este movimento defende, por exemplo, que às crianças deve ser ensinado que a Terra tem cerca de 6000 anos de idade (não mais do que isso); que os humanos conviveram com os dinossauros há uns milhares de anos atrás (os Flinstones devem ter-se inspirado nas sagradas escrituras); que a bíblia é um livro de elevado valor científico e que, como tal, qualquer descoberta científica que contradiga o que lá vem escrito deve ser condenada.

O que posso eu dizer:
- datação através de Carbono 14?
- fósseis que datam de há milhões de anos atrás?
- provas geológicas e físicas?
- provas da genética moderna?

“Vade-retro-Satanas”. A bíblia e apenas a bíblia contém a verdade completa e sagrada. Apenas a interpretação deste livro, letra-a-letra, é aceite. Interpretação feita por quem? Tudo o resto são apenas modestos avanços da Ciência. Vamos mas é regressar a Galileu! A Terra é plana, não esférica!

O fundamentalismo está a crescer na Europa. Devemos ter medo. Porquê? Porque se trata de um movimento claramente manipulador:
- vamos lá controlar uma massa de pessoas que não questiona nada do que é dado como a única e sagrada verdade;
- vamos lá produzir milhares de acólitos acéfalos cujo único direito é dizer “ámen”; e
- vamos lá destruir, se for caso disso, os fundamentos da Ciência e o Método Científico para atingir os nossos objectivos (uma lavagem cerebral à escala global).

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Sindroma da Alice no País das Maravilhas



Este sindroma é também conhecido como Micropsia. Os indivíduos parecem ter uma disfunção na forma como o seu cérebro processa informação visual apesar de não estar nada de errado com os seus olhos. Objectos, humanos, partes de humanos e animais, etc. são percepcionados pelo indivíduo como sendo muito menores do que são na realidade. Por exemplo, imagina olhar para o teu cão e vê-lo do tamanho de um hamster ou olhar para outro humano, que na realidade pode ter 1,85 m, e parecer o Marques Mendes. Estranhamente, a percepção persiste mesmo quando o indivíduo tem os olhos fechados.

Embora raro, este sindroma é mais frequente entre os políticos em geral e autarcas em particular.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Normal #2



A Cultura é criada definitivamente quando as pessoas chegam aos limites em que estão dispostas a viver. Então, para justificar a sua opção, criam grupos que se proíbem entre si e tentam usar o poder dos números para se sentirem confortáveis com as limitações que aceitaram. Depois de se terem proibido por razões de segurança, proíbem-se para perseguir quem for para além dos seus limites. Porquê? Porque alguém que possa ir além dos seus limites irá provar que estavam errados e assim perturbar a sua vida confortável. Uma vez que alguma coisa tenha sido aceite por um longo período de tempo, torna-se a nossa definição de normal; apenas significa que aceitas todas as limitações que todas as pessoas que te rodeiam aceitam. Bem-vindo/a ao clube do “é assim porque sempre foi assim”.

Assim que começamos a ser normais, limitamos a nossa capacidade de ver, experimentar, ou fazer coisas que estão para além da fronteira. A normalidade limita as pessoas, atrofia a criatividade

Essa cabeça erguida como a selecção nacional (da Argentina) quando te acusarem de não seres normal. Afinal de contas, não és mesmo!

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Was ist typisch Tupperware?



O que é ser Normal? O que é normal, afinal? O Diccionário define normal como “em conformidade com o padrão ou o tipo comum; usual; não anormal; regular; natural." No entanto, nada é igual neste planeta. O nosso ADN é diferente, as nossas impressões digitais são diferentes, e os pelos púbicos nas nossas virilhas são diferentes. Grãos de areia, folhas de erva, flocos de cereais... nada neste planeta foi criado por copy/paste. Até os gémeos idênticos não são iguais; até o lado esquerdo da tua face não é igual ao lado direito.

Quando entendes isto, rapidamente vês que aqueles que te chamam “não normal” estavam simplesmente a tentar guardar-te no mesmo tupperware em que eles vivem. Quando aceitas a limitação (auto-imposta) de ser normal, i.e., como todas as pessoas, estás a abdicar de coisas tuas, únicas, de ti. Eu acredito que devemos ultrapassar o normal. Salta do tupperware, atreve-te a ser mais do que isso.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Normal #1



Como reages quando és acusado de ser “não normal”. Tu não és Normal! Talvez já tenha acontecido mais vezes do que aquelas que te lembras. Especialmente quando um comentário com esses vem da tua família ou dos teus amigos mais próximos, sabe tão bem, não sabe? Este pode ser um dos melhores elogios que alguma vez receberás.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Ser Normal, ou também não.



É normalidade vestires as roupas que compras para o trabalho, o pára-arranca no carro que ainda estás a pagar, para chegar ao emprego que precisas para pagares as roupas para trabalhar, o carro e a casa que deixas vazia o dia todo para que possas viver nela.