sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Foi Bocca


Tinha já ouvido falar muito do Bocca e as minhas espectativas eram as melhores. Levaram-me lá e não me convenceu. É restaurante de frieza armada em chique, com empregados a condizer; a qualidade das iguarias é de facto muito boa, mas de parca quantidade e de preços inflacionados; a muito gabada carta de vinhos é de facto impressionante mas está longe de ser a melhor, falta-lhe equilíbrio (o tinto mais barato custa 22€).

Comeram-se umas ostras de entrada, saborosas e frescas mas nada que justificasse os 3,50€/cada. Depois chegaram as minha vieiras (tão somente duas) sobre um risotto de marisco, agradaram e comeria outras duas se não tivesse de recorrer ao FMI; de qualquer maneira, em nada superiores às belas vieiras do Ibo. Provei o curto filete de corvina a baixa temperatura com xerém de ostra da minha Maria e também me agradou mas, mais uma vez, nada que justificasse o preço. Acompanhou-se com um Vinha do Almo Escolha 2008, um discreto alentejano com aroma de frutos secos, de sabor interessante e com taninos macios.

Foi Bocca.

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Nonsense I


Bem-vindos ao parque onde eu a levei até ao rio, para falar sobre gregos, sexo e David Lynch. Cigarros descartados do verão passado drenados de sarjetas para a água de peixes saudáveis. A sua cabeça eclipsou o sol, mas ainda estava tudo tão vibrante na minha visão periférica. Não conseguimos dançar buzinas e autocarros, fomos então dormir na relva do outro lado.