No fundo somos um blog de conversas de sofá, é o que nos apetece no momento. Cuidado para não entornar o copo de vinho tinto. Põe a música mais alta. Hummmmm, tiramisu...
quinta-feira, abril 24, 2008
A propósito do 25 de Abril
PCP comemora nacionalizações de 75
Jerónimo de Sousa, anunciou, impávido e sereno, com a maior naturalidade nos meios de comunicação, a comemoração das nacionalizações das empresas privadas que contribuíam para o Produto Interno Bruto do país. Segundo os comunistas, o povo português voltava então a ser o verdadeiro proprietário das riquezas existentes no seu país. Como se não fossem portugueses aqueles que lá estavam.
O que Jerónimo de Sousa e os seus camaradas estão a promover efectivamente em Portugal não é a nacionalização propriamente dita. O que ele está a promover, na verdade, é um ataque à propriedade privada e à economia livre, isto é, fora da alçada do partido.
O sonho molhado comunista é a invasão das empresas privadas, ao 1º de Maio de 2008. Jerónimo de Sousa ordena a invasão pelas suas tropas (o povo, camaradas, sindicalistas e todos os outros alienados do tempo em que se vive), como forma de anunciar simbolicamente ao mundo que Portugal estará, a partir dessa data, a reassumir o controlo da economia do país, rompendo com mais de uma década de submissão ao “capitalismo selvagem”. Esquecendo-se, convenientemente, da desgraça que revelou ser a gestão do tipo comunista. A memória é curta.
O que Jerónimo de Sousa gostaria de fazer em Portugal é o mesmo que Hugo Chávez está a fazer na Venezuela desde que assumiu a presidência do país em 1999: aproveitar-se da riqueza nacional para alimentar o programa do partido e obter o máximo apoio popular possível de modo a eternizar o poder. De facto, a memória é curta.
Esqueceram-se os índices altíssimos de indigência dos comunistas no pós 25 de Abril? É, portanto, a esta mesma base eleitoral miserável e ressentida que Jerónimo de Sousa tem na mira quando anuncia a comemoração das nacionalizações de 75.
Saem os capitalistas menos amigos e entram membros do partido. Mas, certamente, não será o povo o beneficiário.
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4 comentários:
Subscrevo, assino por cima e cuspo para o chão.
Tudo ao mesmo tempo.
Grande Protractor, sabia que podia contar contigo!
No chão, jaz uma poça de cuspo reaccionário.
Abraço
Camarada L.Gato,
Tenho 10 mil euros para pagar a um DJ para passar som na festa do avante, varias vozes do partido sugeriram o teu nome, depois deste post acho que vamos convidar o Fernando Alvim... ele nao passa musica, mas tambem nao se estica. Abraço,
Amigo Jerónimo,
Lamento que assim seja mas, em boa verdade, a liberdade de me esticar é uma cláusula contratual da qual não abdico. Pela mesma razão, acabei de recusar um convite para a abertura das Olimpíadas em Beijing.
Liberdade para o Nepal!
Abraço
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