quarta-feira, março 11, 2009

Intolerância Religiosa: Aborto



Não tenho tempo para beatices. Pronto está bem, até tenho. Normalmente tento encontrar tempo suficiente para demonstrar que os beatos são pessoas intolerantes com valores e ética bipolar, de modo a que se encaixem sempre neles. Aqui vai disto.

Segundo a Igreja, qualquer mulher que aborte é uma terrorista. Bem, a Igreja tem o direito de pensar o que bem entende (aqui há uns séculos atrás, também pensava que a Terra era o centro do universo e, ainda hoje, há quem defenda o creacionismo, isto é, que foi Deus que criou todas as criaturas da Terra, que descendemos de Adão e Eva e que os nossos antepassados ainda deram uma volta na Arca de Noé), e imagino que será dever de um líder religioso tentar encorajar as pessoas a acreditar nestas balelas.

Eu sou pro-escolha, o que não faz de mim (nem de ninguém) um adepto de abortos. Não reconheço à Igreja (nem ao Estado) o direito de impor o que devemos ou não fazer, o moralmente correcto e o errado, o bem e o mal. Nem a Igreja, nem o Estado, nem eu sabemos das circunstâncias que levaram à decisão de abortar, não sabemos que tipo de vida iria essa criança ter, não sendo desejada. Se alguém acredita que essa é a melhor opção (mas nunca fácil), então acredito que deve ter o direito de o fazer, não irei julgá-la por isso pois apenas posso falar por mim próprio.
São curiosas as posições da Igreja quando o Cristianismo professa a tolerância, o perdão, pede às pessoas para dar a outra face. Não me parece que passe por demonizar as pessoas pelo modo como decidem viver as suas vidas.

E que dizer de quem encorajou o encobrimento do abuso de crianças por padres Católicos. Houve um documento elaborado pelo Cardeal Joseph Ratzinger, antes deste se ter tornado Papa, que apelava ao secretismo no tratamento destes casos.

A outra face? Isso não era um filme?

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