Escrever é procurar a calma e, às vezes, encontrá-la. É o regresso ao lugar. Acontece o mesmo com a leitura. Quem escreve ou lê de verdade, isto é, para si mesmo, regressa à casa onde se sente. As pessoas que nunca escrevem nem lêem, ou o fazem por obrigação, estão sempre fora do seu lugar, ainda que tenham muitos. São pobres, e empobrecem a vida.
4 comentários:
Um livro não escrito é mais do que um vazio. Acompanha a obra que fizemos como uma sombra activa, irónica e nostálgica ao mesmo tempo. É uma das vidas que poderíamos ter vivido, uma das viagens que não fizemos. A filosofia ensina que a negação pode ser determinante. É algo mais do que uma negação da possibilidade. A privação tem consequências que não podemos antecipar ou avaliar ao certo. O livro não escrito é o que poderia ter feito a diferença. Que nos poderia ter permitido falhar melhor. Ou talvez não.
[George Steiner in, Os Livros que não escrevi]
E o mesmo se aplica aos livros que lemos, a música que ouvimos...
Beijo-te, El Gato.
É uma viagem à velocidade do pensamento para terras que já não existem. É uma chave para questões que se atropelam na mente. Aqui, fui Damien e K, e aprendi a ser mais eu. É apenas uma sala com prateleiras e livros, mas é muito mais do que isso.
Sim, somos assim.
Beijo-te, Maria
UM GATO MUITO SÁBIO
Obrigado pelo elogio e benvinda ao sofa, Lídia.
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