quinta-feira, janeiro 31, 2013

Django Unchained #1



Um western brilhante e brutal, como uma vingança deve ser: uma aventura das antigas em grande forma e estilo num cenário de plantação de escravos, em 1858. O filme e realizado com a soberba provocação e audácia de Quentin Tarantino, com chicotadas de crueldade, a arrogância de quem sabe muito bem o que faz e o total desprezo em relação às mentes formatadas pelo politicamente correcto. Soberbamente interpretado por Christoph Waltz, Jamie Foxx (uma dupla como há muito não se via. Pulp Fiction?), e Samuel L Jackson, na pele de um sinistro personagem chamado Stephen.


2 comentários:

Maria disse...

"(...) um épico a recuperar um tema tabu, sobretudo para o Sul da América. Violência ficcionada - leia-se: para entreter -, a partir de violência real - leia-se: para incomodar, questionar, provocar, fazer pensar num tema varrido quanto possível para debaixo do tapete das consciências.
(...)
Não queiram culpar os filmes pela violência real, viria a dizer o realizador, dias mais tarde, quando uma gaguejante locutora de rádio lhe perguntava quanto teria sentido o peso do massacre naquela escola de Connecticut, sabendo do sangue que andava pelo seu filme. Peso nenhum, respondeu o realizador. Ela, a menina da rádio, porta-voz de um puritanismo público, insistiu, ainda mais titubeante. Ele, o realizador, arrumou a questão: falar dos filmes numa altura destas é, antes de mais, um desrespeito para com as vítimas e as famílias das vítimas do massacre. O que está em causa, acrescentava, não é o cinema, mas a legalização das armas e a doença mental."

Isabel Lucas, in Disparar sobre o pecado da América - jornal Público, 11/01/2013

É responsabilidade dos vivos deste tempo fazer, decidir, mudar, para que a História não se repita.

Beijo, El Gato.
Maria

Unknown disse...

Ele há muito politicamente correcto que nos quer tapar a realidade e a violência com uma peneira. A verdade não é um filme da Disney, não me tentem convencer do contrário.

Dificilmente me recordo de uma melhor abordagem à violência e à realidade americana do que a feita pelo Tarantino nos seus filmes.

Beijo-te,