No fundo somos um blog de conversas de sofá, é o que nos apetece no momento. Cuidado para não entornar o copo de vinho tinto. Põe a música mais alta. Hummmmm, tiramisu...
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
Ele e Ela – Capítulo Final
Há dois dias atrás ela respondeu; gostava que vivessem no mesmo país. Ele entusiasmou-se: que o esperasse; ele iria tentar tudo para dar resposta à resposta com uma acção, uma viagem, uma nova vida.
Há dois dias que ela nada diz. Afinal não falavam do mesmo (traduções aparte): ele, falava de uma nova vida; ela, que tinha sido bom mas que a vida continuava. Um flirt de Verão fora da estação. Pior do que ser abandonado era sentir-se perdido, junto com um amor que nunca o chegou a ser. Morto à chegada, sem nunca partir.
Deu-lhe até à hora de almoço de hoje. Passou. Se calhar devia dar-se por satisfeito por a ter conhecido, pelos beijos, palavras e olhares trocados; pelo previlégio de sentir assim, de se ter apaixonado, desiludido, vivido. Isto deveria confortá-lo, mas de modo algum se sentia confortável. Haverá algum fim sem desconforto?
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7 comentários:
Até mesmo quando somos nós a colocar um ponto final. Fica sempre desconfortavel. Pelo que é sempre complicado. Mas concordo com "Martine", e dar mais um tempo... Pode ser que falem a mesma linguagem!
Bjs par ti L.Gato. Já tinha saudades de ti!
Ele faz e diz o que sente, no momento. Sem esperar para ver se é mesmo assim. É o que sente nesse momento. Do amanhã, ele não sabe.
beijos, Martine.
Na verdade, não se trata de uma barreira liguística mas apenas de distintos graus de sentir.
Beijos BB e obrigado!
Concordo plenamente que se deve dizer tudo no momento. Mas em relaçao aos graus de sentir, também poderão ser iguais!!!! Só que pode haver alguma razão para a outra parte envolvida não mostrar..
Ai pah...sempre que te leio fico tão desconsolado...consegues ser mais tragico que eu!
Consegues traduzir mais tragedia em palavras do que eu!
Mais tragico!
Tragedia!
o ser humano é um glutão da sensação de perda
Tragédia e perda, não será isso a vida? Sim, mas da mesma também faz parte a felicidade do encontro, a paixão e o ódio. Tudo isto é viver.
Que se ame, odeie, sinta, fale, olhe, toque, apaixonadamente; intensamente, hoje. Que não se percam momentos, oportunidades; que não se desperdicem palavras, beijos e lágrimas preciosas.
É, de facto, trágico, Alexandre.
O ser humano devora o que o rodeia, RSD.
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