No meio de uma conversa de circunstancia, de duas pessoas que acabam de se conhecer, o Luís pergunta-me: Nunca sentiste saudades de um livro, das personagens que invadiram a tua imaginação e que te abandonam com o virar da última página? Fiquei surpreendida, não estava à espera de uma confissão tão pessoal.
Para mim, os livros são referências temporais, lembro-me do que senti em cada um, principalmente nos livros que levo em viagem. Misturo as emoções das páginas escritas com as descobertas vividas. Tenho saudade do tempo, mas não do universo do livro, esse passou também a ser meu.
Lembrei-me de um abraço na “linguagem dos pássaros” em que ela diz que tem saudades dele, sente saudades do tempo que não vai estar com ele. A saudade antes da partida! A angústia do amor demasiado forte, que sofre com ausência mesmo no momento mais insignificante de uma vida ou de um sonho.
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