Há horas na vida em que um homem de cabelo seboso lança, com os olhos fixos, olhares selvagens às margens verdes do espaço, pois lhe parece ouvir diante de si a voz de alguém morto. Ouviu a voz da consciência. Sai então de casa com a velocidade de um louco, segue a primeira direcção que lhe surge e devora as planícies rugosas do campo. Mas o fantasma amarelecido não o perde de vista e persegue-o com igual velocidade.
Às vezes, em noites de tempestade, bandos de polvos alados, que ao longe parecem corvos, surgem por cima das núvens dirigindo-se às cidades dos humanos com a missão de os prevenir, que devem mudar.
2 comentários:
gosto do polvo :)
beijo
Obrigado!
Foi uma colagem digital que eu fiz. Também gostei do resultado.
beijo
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