No fundo somos um blog de conversas de sofá, é o que nos apetece no momento. Cuidado para não entornar o copo de vinho tinto. Põe a música mais alta. Hummmmm, tiramisu...
quarta-feira, julho 14, 2010
Conversa com um arquitecto
Dizia-me um amigo arquitecto que o problema são as perspectivas a médio prazo. Sim, é bem verdade, não me parece que o sector da construção vá recuperar tão rápido. Mas ele há muitos edifícios a ameaçar ruir e onde serão construídos outros; parece-me que o futuro do sector será a renovação do parque habitacional. Se bem que, chamou-me ele a atenção, a renovação seja muito mais cara quando é feita a sério; e que, normalmente, chama-se renovação a trocar os fios electricos e voltar a pintar. Mas já está a ser feito. Veja-se o que se tem recuperado ali para os lados do Incognito, 24 Julho e Alcantara, e não me parecem coisas de trocar fios.
E para que mercado? Sim, claro. classe média-alta, o povo já tem os suburbios para viver (que ele próprio escolhe e aumenta). Serão suficientes os nichos de mercado? Se calhar representam pouco em termos relativos mas são significantes em relação às verbas envolvidas. Para além disso, se tomarmos como área de intervenção o território nacional (e não apenas Lisboa), parece-me que os nichos não serão assim tão poucos. Outra área que também me parece ter potencial são residências fora de áreas urbanas: montes, casas de campo, turismo de habitação, …
E as taxas de juro? Não me parece que sejam umas décimas acima que irão impedir investimento. Irão sim, seleccioná-lo (quase) naturalmente. É a tal "mão invisível" da economia, aliada à teoria da selecção natural: os fracos morrem, os fortes (quem sabe investir) crescem.
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