quinta-feira, julho 08, 2010

Ibo



O restaurante Ibo é, definitivamente, um dos meus locais de eleição. Além da localização, em cima do Tejo e muito perto da estação fluvial de Cais do Sodré, das pessoas que lá trabalham (desde o meu amigo Rodrigo a tomar conta da sala, o Chef João Pedrosa na sempre impecável cozinha meio à vista, até ao restante pessoal simpático, atento e eficiente) e, claro está, as iguarias.

Ontem, estivemos lá (The Cook, the Cat, his Wife and her Brother). Fui o primeiro a chegar, ainda a arranjar as mesas, o Rodrigo abriu uma garrafa de Castello D'Alba e serviu-me um copo. Que belo branco do Douro Superior! Perfeito para beber assim "a seco" num final de dia junto ao rio.

Chega a Maria e, depois, o seu irmão (meu homónimo). Passou-se então ao repasto: umas ameijoas da lota de Portimão recém-chegadas e confeccionadas como manda o Sr. Bulhão Pato (não estavam no menu, sugestão do chef), salada de caranguejo real do Alasca com manga e (no meu caso) lombo de bacalhau assado com pesto de azeitona preta e lascas de parmesão. Tudo, e como sempre, muito bom. A qualidade da matéria-prima é irrepreensível e o João tem mão para o tempero "da coisa".

Obviamente, recomendo-o.

2 comentários:

Maria disse...

"O homem come; apenas o homem inteligente sabe comer."

Anthelme Brillat-Savarin
in, La Physiologie du Goût

E acrescento que são raras as pessoas sabem receber como recebem no Ibo. Sendo assim, confirmo tudo, sem excepção. Assim mesmo. Eu estive lá.

Beijo-te, El Gato.

Unknown disse...

"As batatas, o aipo, tudo passou pelas suas mãos. Ao comer a sopa, filtrei-a para saborear a sua pele. Tinha estado ali, devia ter caído algo dela. Encontrava-a no azeite. Soube, quando lhe perguntei o que tinha a sopa, que havia suprimido o ingrediente fundamental. Saboreei-te."

[F.M.]

Sim, de raros que são os sítios que nos alimentam para além do estômago, devem por isso ser estimados.

Beijo-te, Maria.