Tinha já ouvido falar muito do Bocca e as minhas espectativas eram as melhores. Levaram-me lá e não me convenceu. É restaurante de frieza armada em chique, com empregados a condizer; a qualidade das iguarias é de facto muito boa, mas de parca quantidade e de preços inflacionados; a muito gabada carta de vinhos é de facto impressionante mas está longe de ser a melhor, falta-lhe equilíbrio (o tinto mais barato custa 22€).
Comeram-se umas ostras de entrada,
saborosas e frescas mas nada que justificasse os 3,50€/cada. Depois chegaram as
minha vieiras (tão somente duas) sobre um risotto de marisco, agradaram e
comeria outras duas se não tivesse de recorrer ao FMI; de qualquer maneira, em
nada superiores às belas vieiras do Ibo. Provei o curto filete de corvina a
baixa temperatura com xerém de ostra da minha Maria e também me agradou mas,
mais uma vez, nada que justificasse o preço. Acompanhou-se com um Vinha do Almo
Escolha 2008, um discreto alentejano com aroma de frutos secos, de sabor interessante
e com taninos macios.
Foi Bocca.
2 comentários:
E depois desta experiência é impossível não gostar ainda mais dos NOSSOS restaurantes, adegas, cafés, tascas e tasquinhas onde a simpatia, o serviço, a informalidade, a qualidade dos produtos, o conforto, a diversidade de preços (incluindo da carta de vinhos) fazem toda a diferença e deixam a marca que para mim é essencial: o desejo de voltar. Coisa que não aconteceu com o Bocca.
Beijo-te, El Gato
É isso mesmo. Quanto mais conheço os outros, mais gosto dos nossos.
Este Bocca não deixa saudades. E como diria alguém que conhecemos: "sobrevalorizado".
Beijo-te, Maria
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