terça-feira, janeiro 11, 2011

Agora a sério



Agora a sério. O culpado aqui não é o homem agredido durante uma hora, morto e amputado com um saca-rolhas. Independentemente de se tratar de uma “bichona velha e arrogante”. Assim como a vítima não é um jovem adulto, letrado e sem atraso mental que seja conhecido, que se tornou próximo de um homem mais velho e de tendências sexuais bem conhecidas, privou e foi com este numa viagem a Nova Iorque (tudo isto voluntariamente), onde o assassinou brutalmente, confessou o acto e afirmou “eu já não sou gay”; este jovem adulto e consciente tinha vontade própria e, a qualquer momento, podia ter dito “não” ou telefonado para a sua mãezinha ou para os bombeiros sapadores de Cantanhede.

Não há nada que desculpe este acto.

4 comentários:

Maria disse...

"É bem possível, como Heidegger ensinava, que ainda não tenhamos começado a aprender um modo adequado de pensar. É possível que estejamos ainda a bater à porta de uma condição humana incipiente e que a nossa experiência até ao momento não corresponda a mais do que um punhado de esboços imprecisos. Os dados disponíveis são contraditórios. A nossa espécie é propensa a um sadismo extremo. Tortura, viola, massacra, humilha. Os nossos apetites sexuais parecem não conhecer limites internos – os adultos cometem abusos e violações (...). Somos capazes de canibalismo e de impulsos de avidez homicida. Cegamos, castramos e enterramos vivos prisioneiros indefesos.
(...)
A expressão La bête Humaine, como tenho sustentado noutras ocasiões, é uma difamação dos animais." George Steiner in, Os Livros Que Não Escrevi - capítulo Pôr a Questão

Felizmente ainda há quem saiba pensar sobre estas questões.
Abraço-te, El Gato

Unknown disse...

A besta humana age por impulso primário, recusa-se a pensar e a questionar por dificuldades auto-inflingidas.

Felizmente, nem todos os humanos são bestas e nenhuma besta é humana.

Abraço-te, Maria.

odeioervilhas disse...

não podia estar mais de acordo.
assino por baixo do que está escrito.

Unknown disse...

Obrigado e benvinda ao sofa, Odeioervilhas.