Fui Finalmente ver o filme influenciada por um jantar animado na quinta-feira passada, quando um amigo me disse que o Ingmar Bergman era um dos realizadores com maior capacidade de abalar os sentidos. Eu achei terrível, deprimente em todas as suas formas.
É a história de um casal que esteve separado durante 30 anos e voltou a encontrar-se. Incomodou-me o envelhecimento dos sentimentos, a fala de esperança, as relações entre pais e filhos e a lembrança de um amor.
O passar do tempo é algo que me atormenta, pensar que estou a deixar passar algo importante e, ver que tantas pessoas chegam ao fim da vida com o lamento inconsolável de que a sua vida foi uma triste existência...
Talvez por isso sou hiper-curiosa, hiper-activa e ando sempre pseudo-apaixonada por uma imagem, por um poema, por uma história, por um olhar, por um aroma...
1 comentário:
Nos tempos do Renascimento havia uma máxima que dizia "memento mori", o que quer dizer «lembra-te de morrer». É nesse sentido que estes filmes mexem comigo, no mesmo sentido em que um espinho apenas te pode magoar porque estás viva (e há um estranho conforto nisso).
É um lembrete, um pesar de quem seguiu (ou viu seguir) por uma estrada que não leva a lado nenhum. E sim, de facto, é deprimente...
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