Durante os últimos três anos a minha não tem seguido um rumo fixo. Indo de nada a nada, sem patrão nem destino, sem refúgio. À deriva. Empenhado na inutil fuga de mim próprio, em busca de um lugar onde cair vivo. Bebendo Bacardis e beijando lábios e vendo filmes e escrevendo textos, em geral bastante maus, há que reconhecer tudo isto.
Bacardependente assumido. Nunca poderia ser Burroughs.
Uma vida em constante movimento, a travessia contínua, saídas a horas improváveis, encontros em lugares inesperados, perseguições, enganos, traições, vinganças, caras novas, gente nova, caramelos, cachupa, idas e vindas, nenhum lugar seguro, nenhum dia igual a outro. A vertigem da aventura, mais um copo.
Vendo bem as coisas, nem foi assim tão mau.
4 comentários:
Bem animado...
Mas também sabe bem parar e sentir. Só sentir.
Muita coisa em comum. Partir serm destino, chegar sem ter algo à espera. Mas sempre a aprender!
Vendo bem as coisas, a diferença que encontro é que eu sinto que tenho andado empenhada em encontrar-me a mim mesma. No entanto fico sempre desapontada por não ter ninguém à espera!
É um corolário da Lei de Murphy: "quando menos esperares, encontras-te".
Aconteceu comigo: encontrei-me quando deixei de me procurar; encontrei-me do outro lado do mundo, e, quando regressei, ainda cá estava.
Benvinda ao sofá, Andreia.
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