sexta-feira, dezembro 16, 2005

Aqui mesmo. Sim, ali.



Aqui passava a pé por estas ruas, sem emprego nem posto e sem peso. Estive no estrangeiro; nunca estive preso. Quando morrer não irei ter algum monumento.

Neste frio de inverno, sigo-te em todas as direcções do espaço e do tempo, menos numa em que não acredito: o futuro. Na direcção do meu futuro não vejo mais que um caminho sinuoso ao lado do qual o meu ego do costume segue para cima e para baixo como um pendulo bebado. Até que se dá um enorme impacto e todo o movimento cessa. É o ponto extremo do futuro. Uma espécie de meio-dia ofuscante, ou de meia-noite cega, em que já não há nada, nem eu.

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