Ali vai quem amei, que mais poderia eu dizer-lhe se já nem os meus olhos comovem?
Agora caminhas na rua como se nada tivesse em verdade acontecido. Mas eu não me esqueço do azul do céu sobre ti, acompanhando a tua nova camisa.
Levarei para longe de ti o meu rancor e se te encontrar novamente, em ti me irei gostando.
Não voltarei a querer nem a arrepender-me no ácido de recordações, não correrei emocionado nem te abraçarei. Deixar-te-ei seguir. Talvez te lembres então: “ali vai quem já me amou”.
5 comentários:
Não gosto dos amargos em forma de recordações, parecem amarras que me impedem de dar mais um passo, de descer mais uma rua.
... e o paraíso não estará mais perdido, as recordações aquecem dias de inverno e lembram-nos quem somos e como chegámos aqui.
Concordo contigo Puri. As recordações devem, quanto muito ser agri-doces; como framboesas frescas.
Andreia,
Imagino os paraísos que devem estar nos perdidos e achados...
Retem as boas e deixa a más recordações... Não nos deixam seguir com diz a Puri. Deixa-a ir. Senão te fez bem uma vez. Não é agora que o vai fazer...
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