Entre duas noites o dia: mar de luz que se levanta, relógio ao minuto. Enquanto avança o dia devora-se. E quando toca a fronteira em chamas começa a calcinar.
É meia-noite do início do século. Ouve-se o vento em fuga.
Todos nos questionam e acusam, mas nada nem ninguém responde. Nada persiste contra o passar do dia.
Ao meio da noite tudo acaba e tudo recomeça. O tempo luta com o céu; a única luz de um relâmpago. O tempo de uma vida.
6 comentários:
E será que esse tempo de vida é suficiente, para cumprimos todas as nossas missões, impostas por nós mesmos....
Nunca, nada é suficiente. A insatisfação, a voracidade e o desejo fazem parte do ser humano. Querer sempre mais e melhor é como respirar.
Vejo o tempo como um TGV que passa à velocidade máxima. Nós, somos a vaca que fica parada a olhar (um olhar imbecil que espelha a nossa impossibilidade); impotentes ruminantes, quase todos.
Se pudesse mandava o tempo parar, para fazer um pequeno balanço...
E não parando o tempo, qual o balanço possível?
Devia ter feito algumas coisas, para ficar positivo....
Estamos sempre a tempo de as fazer, refazer ou fazer outras.
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