Sonhei contigo. Encontrei-te na paragem do eléctrico 28. Aquela que fica entre as colinas, sob o olhar do D. João I.
Olhámos um para outro, indecisos, com os olhos a arder de desejo. Subimos os degraus e entrámos no eléctrico, lá dentro os sons da cidades eram abafados pela fricção das rodas nos caris de ferros e pelo burburinho das pessoas que nos apertavam. As nossas respirações corriam numa sinfonia de pensamentos não ditos, com os olhares ainda entrelaçados e os corpos colados.
Permanecemos assim durante muito tempo.
Acordei e estava sozinha no banco lateral de madeira. Já tinha passado a minha paragem, estava agora numa outra cidade, mais fria, mais só. No meu colo um livro desconhecido, na primeira página uma dedicatória assinada por ti.
1 comentário:
Togheter in electric dreams...
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