Acabei de chegar a uma brilhante conclusão. Estava eu frente ao urinol (palavra feia, esta), de apêndice em riste, um momento de profunda reflexão e, de certa forma, libertador em que se fez luz. Sim, é claro que a tinha acendido antes de entrar, mas não é dessa que se trata...
Continuando. Concluí que a produção de clones humanos é já hoje uma realidade. E apercebi-me deste facto, chocante para alguns e a apelativa possibilidade de sermos o melhor amigo de nós próprios para outros, ao ouvir a rádio que as minhas caras colegas de gabinete diligentemente sintonizam. Alternando entre a Mega FM, a RFM e a Rádio Comercial, torna-se tudo tão claro: os jovens locutores e locutoras destas estações partilham o mesmo ADN, isto é, são na realidade seres humanos clonados a partir de uma única pessoa.
A prova? Bem, com as devidas distâncias normais entre o timbre masculino e o feminino, têm todos a mesma voz e igual colocação, as mesmas piadolas ocas, a mesma verborreia, a total ausência de espírito crítico, e ouvem todos a mesma merda de música.
São, meninos e meninas, as Dollies da rádio, borregos da frequência modelada.