sexta-feira, setembro 30, 2005

Pina Bausch



Não tenho palavras para descrever o meu passeio pelo campo de cravos da Pina Bausch. Fui completamente absorvida pela música, pelos movimentos suaves, pela agressividade dos cães e a pela violência simulada. Imagens Cruas e poéticas.

RSD


Marquês de Pombal no Euro 2004

quinta-feira, setembro 29, 2005

BSO de um adeus

Uma das minhas despedidas favoritas é a cena final do "Lost in Translation". Arrepia, sente-se e ouve-se na música.
Que música tocaria na minha despedida? "E depois do adeus", Paulo de Carvalho (sem qualquer conotação política).

E nas vossas? Qual a banda sonora ideal para um adeus?

Elbow



Imagino dançar ao som deste álbum, com os meus pés apoiados nos teus e a vibração do teu coração no meu peito. É bom.

“Lost in a lullaby
Side of the road
Melt in a memory
Slide in a solitude
Not 'til I can read by the moon
Am I going anywhere
Not 'til I can read by the moon

I blow you a kiss
It should reach you tomorrow
As it flies from the other side of the world
From my room in my fugitive motel
Somewhere in the dust bowl
It flies from the other side of the world”

Um adeus

Caia a noite; perdia-se o teu vulto num caminho escuro, negro de longe. Depois mais nada ficou que o vento da tua passagem, entre o ritmo melancólico de infinitas cigarras.

Para onde ias? Esperava-te alguém?
Não voltei a ver-te, apenas o vento.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Apenas uma viagem

Tenho que dizer adeus a quem sempre se despediu, porque se passa a vida a despedir. Nunca o fez de um modo sentimental, apenas dolorosamente; despedia-se sempre com a certeza de um viajante que nunca agarra o passado, porque quer a realidade presente, embrião do futuro. Esta procura de um tempo perdido é uma missão dos viajantes: ouvir o que não lhes pertence, agarrar o que não se viveu, olhar para um passado invisível e torná-lo transparente.

Agora vou fazer as malas.

segunda-feira, setembro 26, 2005

CocoRosie – Noah’s ArK



Chega-te para aqui, quero encostar a minha orelha à curva do teu ombro. Cuidado, estás a puxar-me os cabelos. Assim está bem, podes apagar a luz...

Land of the free

America - by Allen Ginsberg
From Howl and Other Poems. 1956.

“America I've given you all and now I'm nothing.
America two dollars and twenty seven cents January 17, 1956.
I can't stand my own mind.
America when will we end the human war?
Go fuck yourself with your atom bomb.”

sexta-feira, setembro 23, 2005

Um poema para ti, Purykura

Eu contarei a beleza das estátuas -
Seus gestos imóveis ordenados e frios -
E falarei do rosto dos navios
Sem que ninguém desvende outros segredos
Que nos meus braços correm como rios
E enchem de sangue a ponta dos meus dedos.


Sophia de Mello Breyner

Amarra

Quebro mais uma amarra com o passado e sinto-me perdida. As lágrimas quase que chegam à superfície, mas quero guarda-las para mim, são minhas, não posso liberta-las.
Não Agora.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Um catálogo de Sonhos



Uma versão mais ligeira do Huxley. Ficamos na dúvida se será uma visão surrealista da sociedade ou futurologia.
Depois de ter lido o “ensaio sobre a cegueira” e ter visto o que se passou em Nova Orleães já acredito em tudo.

Um catálogo de Sonhos é um livro aos quadradinhos muito bem escrito, com os diálogos quase kafkianos e as ilustrações simples e poderosas.

BNW



Tento imaginar-me num mundo artificial onde a maior parte das pessoas são produzidas em fábricas, onde não existe liberdade ou moralidade tal como as conhecemos, onde seria considerado um selvagem devido à minha origem humana (por ter sido concebido por uma mãe e não numa proveta esterilizada, uma aberração nesse mundo equivalente ao que o maoísta Garcia Pereira representa no nosso).

O Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley é uma variação perversa das visões utópicas, versões Disney do progresso e dos efeitos fantásticos de todas as inovações. Este livro, escrito em 1932, enquadra-se no género do 1984 de Orwell; lida com controvérsias sociais relativamente aos efeitos dos avanços da ciência e tecnológicos numa futura sociedade.
Huxley analisa a forma como os avanços científicos podem subverter valores humanos. Manifesta uma preocupação que também é nossa: será possível uma sociedade negligenciar a individualidade no processo de veneração da ciência e da máquina?
Neste admirável mundo novo, as pessoas são criadas numa linha de montagem, não existem mães nem pais. As pessoas são normalizadas para determinada função profissional ainda antes do seu nascimento, na realidade é mais um output do que um parto. São dadas drogas às pessoas para se controlarem, não há liberdade pessoal apenas dependência induzida e alimentada. A realização de uma utopia pode resultar num inferno. Apesar deste livro ter sido escrito há mais de 70 anos, o seu interesse e a sua importância para a comprensão (ou, pelo menos reflexão) de muitos aspectos sociais é garantida pois a maior parte da tecnologia imaginada no livro tornou-se realidade. Exemplo disso são os medicos que conseguem produzir crianças com traços específicos, baseado no código genético de dadores seleccionados; há drogas que podem controlar “disposições” (o Prozac é o Soma actual).

Uma felicidade artificial? Blue pill, red pill? No pill!

Takk



Adormeci ao som de Takk. Acordei com uma gota de orvalho a tocar-me no nariz...

quarta-feira, setembro 21, 2005

Fénix


Agosto 2004

Ou pássaro Arco-íris.
Renasce magnificamente das cinzas, depois de ter sucumbido num fogo lento.

5 Dias, 5 Livros IV



A linguagem dos pássaros – Ana Teresa Pereira

“Entre os dois seria algo tão intenso que mexeria com os elementos, com o equilíbrio das coisas, como se dois anjos se amassem nas periferias do inferno”

É uma história de amor demasiado forte, que corta a respiração, que embala e abala o coração.

Ela não existia longe dele, porque estar longe dele era estar longe de si própria. Mas para ele o amor não chegava, sentia a sede de conhecimento e as asas frias de Azazel.

Fechei o livro e arrumei-o na prateleira.

O meu quarto transformou-se num ninho de pássaros, pássaros arco-íris, gaivotas, corvos, pombos, andorinhas, etc. Durante a noite senti-os a voar à minha volta e a transformarem-se em espuma de mar revolto.

terça-feira, setembro 20, 2005

De tanto bater o meu coração parou



Que título fantástico. Fez-me imaginar uma serie de coisas, um homem que amou tanto que acabou por morrer. Uma história romanticamente trágica tipo Romeu e Julieta ou Monte dos Vendavais.

Imaginei também a história de um homem que vivia para a música, que esta era o seu bater de coração mais profundo.

Então comprei o bilhete e lá fui eu, na expectativa de ver na tela representados momentos da minha própria vida, momentos em que o meu coração quase parou de tanto bater.

O filme? Fiz por esquecer....

sexta-feira, setembro 16, 2005

You were the last high

Hoje é mesmo o dia para esta música. Mas não vou ficar triste. Domingo vai estar lua cheia, um passarinho disse-me que eu ia ter uma história bonita para ler e tive um almoço fantástico à beira rio.

E... tenho um chocolate na gaveta... hummmmm...

quinta-feira, setembro 15, 2005

Ponta Seca










Abril 2004

“Remendo o coração, como a andorinha
Remenda o ninho onde foi feliz.
Artes que o instinto sabe ou adivinha...
Mas fico a olhar depois a cicatriz.”

Miguel Torga

Feist



Estado de espírito matinal. Entre a suavidade do lençol e um dia cheio de sol.

5 Dias, 5 Livros III



“Empurrei a porta para o interior. Abriu-se diante de nós um poço de escuridão, impenetrável. A ténue claridade atrás de nós precedeu-nos como um hálito que mal conseguia arranhar as sombras. A janela que assomava o pátio estava tapada com as páginas amarelecidas de um jornal. Arranquei as folhas de jornal e uma agulha de luz vaporosa perfurou as trevas”

“Os livros são espelhos: só se vê neles o que a pessoa tem dentro”

Foi um dos livros que mais me marcou nos últimos tempos. Andava tão triste quando o li! Viajei no tempo, pelas ruas de Barcelona, pelo cemitério dos livros esquecidos, por histórias dentro de histórias e desejei ser a história de alguém para acabar numa última página de um livro esquecido.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Poemas

Hoje apetecia-me ouvir um poema. Assim junto do ouvido! Podia ser este:

“esta noite sonhei oferecer-te o anel de Saturno
E quase ia morrendo com o receio de que ele não
Te coubesse no dedo”
Jorge de Sousa Braga

Ou este:

“Espero sempre por ti o dia inteiro,
Quando na praia sobe, de cinza e oiro,
O nevoeiro
E há em todas as coisas o agoiro
De uma fantástica vinda.”
Sophia de Mello Breyner

São bons estes dias, cheios de pensamentos cor de rosa.

terça-feira, setembro 13, 2005

Uma mão cheia de Amigos

Ontem fiz uma mão cheia de amigos para o jantar. Espargos verdes grelhados, ligeiramente tostados com arroz basmati, perfumado...
Sabe bem estar de dieta! Logo vão ser pinhões embrulhados em folhas de manjericão com parmesão fresco.
Pimenta? Só mesmo no chocolate!

5 Dias, 5 Livros II



- Já tenho saudades tuas – Confessou Fio Maravilha
- Como assim? Estou aqui colada a ti!
- Tenho saudades do dia em que não estiveres perto de mim.
- Mas isso nunca vai acontecer.

É linda a história da Gelatina, do Fio Maravilha, da Nuvem Maria, do Domingo e da Molécula. No princípio chateou-me o facto da definição espacial ser um pouco confusa, porquê que só a Molécula ia ao buraco da Gelatina?

Mas depois a história transformou-se num belo chocolate, a derreter suavemente até ao momento em que só fica uma leve recordação do sabor com textura. A definição espacial já não era importante.

Foi o título que me convenceu e me fez pegar no livro no domingo com o mar como pano de fundo. Virei a última página ontem, com a luz enfraquecida do meu candeeiro cor de laranja.

É que eu gosto tanto de beijos. Ou melhor não consigo viver sem beijos, sem dar e receber. Até gosto daqueles beijos que vêm no fim dos e-mails com adjectivos, cores, cheiros, sabores, sons. O beijo repenicado, o beijo colorido, com cheiro a terra molhada, com sabor a chocolate. Beijos. E os beijos com os olhos? Que delícia!

segunda-feira, setembro 12, 2005

É assim

E cá vamos nós, de mão dada, por esse jardim de ananases chamado vida!

5 Dias, 5 Livros I



Horto

homens cegos procuram a visão do amor
onde os dias ergueram esta parede
intransponível

caminham vergados no zumbido dos ventos com os braços erguidos - cantam

a linha do horizonte é uma lâmina
corta os cabelos dos meteoros - corta
as faces dos homens que espreitam para o palco
nocturno das invisíveis cidades

escorre uma linfa prateada para o coração dos cegos
e o sono atormenta-os com os seus sonhos vazios

adormecem sempre
antes que a cinza dos olhos arda
e se disperse

no fundo do muito longe ouve-se
um lamento escuro
quando a alba se levanta de novo no horto
dos incêndios

prosseguem caminho
com a voz atada por uma corda de lírios
os cegos
são o corpo de uma fogo lento - uma sarça
que se acende subitamente por dentro

Al Berto

Este poema é uma metáfora do sentir. Todos somos cegos. Cegos quando não sentimos, cegos quando não seguimos o que sentimos.
Hoje sei que fui cega ontem. Amanhã provavelmente vou descobrir que continuei a ser cega hoje.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Baikal



Conforme prometido, aqui está mais uma fotografia do lago baikal. Posso partilhar as 100 ou 200 fotografias que tenho do lago mas nunca vou conseguir transmitir a emoção de navegar numas águas tão mortais (frias), com uma paisagem tão inóspita, onde tudo o que lá cai é misteriosamente reciclado!

Impacto


haine_06 Posted by Picasa

O melhor esconderijo das profundezas é a superfície. Peço cento e dez anos de vida para compreender o mar, sabendo que a vida tem a duração de uma bala. Um disparo, acabo de nascer, espera-me uma trajectoria e um fim (com ou sem destruição). A angústia de escolher um alvo quando o tempo escasseia. Até aqui tudo bem, o pior é o impacto.

Quixote


Salvador Dali

Queria homenagear um visitante muito querido do Sofá que hoje é bebé!
Continuo sem saber qual a cor dos seus olhos, mas já me levou a passear pelas escadas rolantes dos diálogos pensantes, da rua da emenda até à estação nocturna, da exposição de agrafadores até ao lago dos alfaiates...

Parabéns!

quinta-feira, setembro 08, 2005

Louco

Não, não me vou esconder nesta vida de ignorância. Pertenço a onde os anjos morrem, muito antes de aprenderem a voar.

Lembro-me de cem dias de verão.
Sonho com esses castelos nas núvens e relógios que não esperam para dizer as horas; destinos escritos na areia, tocados pelo sol.

Sonho

Sonhei contigo. Encontrei-te na paragem do eléctrico 28. Aquela que fica entre as colinas, sob o olhar do D. João I.
Olhámos um para outro, indecisos, com os olhos a arder de desejo. Subimos os degraus e entrámos no eléctrico, lá dentro os sons da cidades eram abafados pela fricção das rodas nos caris de ferros e pelo burburinho das pessoas que nos apertavam. As nossas respirações corriam numa sinfonia de pensamentos não ditos, com os olhares ainda entrelaçados e os corpos colados.

Permanecemos assim durante muito tempo.

Acordei e estava sozinha no banco lateral de madeira. Já tinha passado a minha paragem, estava agora numa outra cidade, mais fria, mais só. No meu colo um livro desconhecido, na primeira página uma dedicatória assinada por ti.

quarta-feira, setembro 07, 2005

stuart A. staples



Emprestaram-me este álbum.
Fiquei sem palavras!
A voz quente do vocalista dos Tindersticks toca-me a alma como nenhuma outra!
Lembro-me bem do dia em que comprei o primeiro álbum de tindersticks, depois de correr Lisboa inteira (Controverso, Paladium, Valentim de Carvalho – eram outros tempos), lá encontrei a caixinha da bailarina vestida de vermelho numa loja pequena na estação de comboios do terminal. Em Dezembro de 1993.

O lucky dog recordings 03-04 é menos musical que os álbuns de tindersticks, a voz ganha um novo poder e as melodias são mais tristes e introspectivas. É lindo. A banda sonora ideal para as pequenas gotas de água que caem do céu!

Liberdade?

A rapariga do circo caiu do cavalo e agora está paralisada;
a liberdade em prisão preventiva;
um barco de vela rasgada, agora afundado.
Mas eu tenho que ir, então vou. Vou correr o risco de ser livre.
Vou revelar segredos, as mentiras que os padres nos contaram,
desmascarar os falsos heróis, verdadeiras pessoas
neste mundo atento a quem mais alto gritar,
deem-lhes o megafone e nada terão a dizer excepto:
“Curvem-se perante o vosso deus”.
Mas deus não existe, morreu, nunca nasceu.

Baseado na música "The Libertine", Patrick Wolf.

Amor de Verão



Começa assim, com a música de Goldfrapp:

“It starts in my belly
Then up to my heart
Into my mouth I can’t keep it shut
Do you recognize the smell
Is that how you tell
Us apart
I fool myself
To sleep and dream
Nobody’s there
No-one but me
So cool
You’re hardly there
Why can’t this be killing you
Frankenstein would want your mind
Your lovely head”

O filme é uma visão pouco Shakespeareana do amor. É trágico, o amor, mas nem sempre pelas mesmas razões. Gostei dos planos brilhantes (de luz), dos momentos musicais ternurentos, dos olhares cheios de vida e paixão. Faltou qualquer coisa!


Tamsin: So what are you gonna do with your life?
Mona: I'm gonna be a lawyer.
[pause]
Mona: I'm gonna get a job in an abertoire, work really hard, get a boyfriend who's like... a bastard, and churn out all these kids, right, with mental problems. And then i'm gonna wait for the menopause... or cancer.

terça-feira, setembro 06, 2005

Outra casa

Bebo à nossa casa demolida, onde a perda reside solitária.
Tenta perceber: eu não podia segurar-te na mão, nem agarrar-me a nada.
Não consegui encontrar uma razão ou um sinal de que tudo não estaria perdido.
Tentei encontrar uma pista. Esperava encontrá-la enquanto aguentava o fôlego; tentei reencontrar uma casa onde pudesse viver sem quem amava. Como poderia saber que iria encontrar apenas a árvore, sem fruto nem folhas, onde os amantes há muito desaparecidos costumavam ir?

Deixei a minha casa nas núvens e caminhei para a vida seguinte.

Um Poema (também sobre a memória)

Esquece-te de mim, Amor,
das delícias que vivemos
na penumbra daquela casa.
Esquece-te.
Faz por esquecer
o momento em que chegámos,
assim como eu esqueço
que partiste,
mal chegámos,
para te esqueceres de mim,
esquecido já
de alguma vez termos chegado.

António Mega Ferreira

Ervas Silvestres

Hoje é um daqueles dias em que me apetecia acordar e ficar a eternidade do tempo na cama. Entre uma música, um poema, um sonho acordada, um telefonema.

Depois tomaria um banho de eucaliptos e enrolada numa toalha branca e fofa voltaria para os lençóis com cheiro a ervas silvestres.

Hummmmmmmm....

segunda-feira, setembro 05, 2005

Uma ilha qualquer, sem farol

És o único habitante de uma ilha que só tu conheces, rodeada pelo vento. Vês uma bicicleta ferrugenta e um tractor cujo esqueleto ferve ao sol. Vês o Verão transformado num espantalho.
Olhos de estranhos observam-nos das torres.
Tens que regressar. O teu cão corre para ti.
A tua ilha perde-se no mar à noite.

sexta-feira, setembro 02, 2005



Esta é a minha praia do Camus, com as rochas onde o Árabe se esconde!
Este é o Algarve que eu gosto. É nesta praia que eu gosto de ler as beterrabas e outras histórias.

vote for me and I'll set you free! Posted by Picasa

Acordo

A minha mente é um grande pedaço de irreversível nada, que o toque e sabor e cheiro e som e vista continuam a atingir como instrumentos afiados.

Ser esquecido ultrapassa a memória de outras mentes. O coração não pode esquecer, a menos que contemple o que declina.
À minha mente, regressam então fragmentos de imagens de momentos únicos; lembro-me agora o que eu achava que devia ter esquecido. Despertou a mente.
“The sleeper has awake.”

Despertar da Mente



Já passou mais de um ano e continuo a pensar neste filme. O poder da memória nas nossas vidas e até que ponto o amor sentido por outra pessoa ultrapassa os momentos vividos.

quinta-feira, setembro 01, 2005

Amanhã


inc08 Posted by Picasa

Às vezes, sobre o corpo voa a mão, cruzando o espaço, filtrando raios de luz vermelha, luz de outros lugares; a música faz disparar o pensamento, que se estilhaça em 10.000 espelhos à face de uma esfera que não para.

Ouvimos a noite descer as escadas. O seu nome? Uma incógnita.

O livro



“Water and Metal are the key elements of Time Travel.
Water is the barrier element for the construction of Time Portals used as gateways between Universes at the Tangent Vortex.
Metal is the (transitional) element for the construction of Artifact Vessels.”

The Philosophy of Time travel by Roberta Sparrow
http://ruinedeye.com/cd/time1.htm

Logo

Logo vou ao WIP. Encontramo-nos na Baliza, descemos o caminho de ferro, subimos as escadas de pedra e viramos à esquerda para descermos a rua de alcatrão.

À nossa frente a cidade dourada com os últimos raios de sol, o Tejo um espelho para as nossas almas.

Vá, não te atrases.