sexta-feira, outubro 19, 2007

Droga? Qual droga?



“O ministro da Justiça, Alberto Costa, garantiu ontem no Parlamento que os guardas prisionais que detectem droga nas prisões onde no final do mês começará a ser feita a troca de seringas vão continuar a apreender estas substâncias ilícitas e a denunciar o crime como até aqui.” In Público, 18 Outubro 2007

Expliquem-me lá isto porque eu confesso que ainda não estou bem a ver a coisa. Por um lado, distribuem-se seringas para evitar a partilha entre toxicomanos e que, por motivos de segurança, deverão estar à vista e entregues depois de estarem inutilizadas. Por outro, a posse de substâncias ilícitas constitui um crime e não será tolerado na prisão. Catch 22?
Ora, se um recluso pede uma seringa, julgo eu que não será para efeitos decorativos, aplicação de botox ou eventuais lipo-aspirações.

Irreal social.

segunda-feira, outubro 15, 2007

A minha geração? Ginveja!



Pondo de lado a minha geração arrependida por uns instantes – já lá irei em breve – terá alguma vez existido um grupo mais estridente de pessoas do que a recente colheita dos 20 e poucos? Não te dá vontade de esbofetear um deles, assim como quem não quer a coisa? Claro que sim. Não tenhas problemas com isso. É natural. Vamos falar sobre isso.

Como todas as coisas desagradáveis da vida, os sentimentos negativos acerca dos 20 e poucos são culpa dos media. Já muita tinta foi derramada sobre este assunto em vez de outros realmente importantes como a vida sexual do António Manuel Ribeiro.
Mas agora tudo mudou. Agora essas pessoas são homenzinhos e mulherzinhas. E deitando-se à sombra dessas inocentes expressões, brilham sorrisos bem pagos. A geração Morangos Com Açucar está a enriquecer!

O resultado: mais tempo de antena. Não há dia que passe sem uma história acerca de um 20 e poucos que esteve na inauguração de um restaurante especializado em pratos de feijão. Estes miudos.com são “revolucionários”. O que até seria fácil de digerir caso não fosse, muito possivelmente, verdade... Sinto a tua raiva.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Rent a flat above a shop, cut your hair and get a job says

R: Hoje o Jorge vem aí. Vamos jantar e vadiar.
L: Houve mais polémicas com ele?
R: Não.
L: Um verdadeiro choque de titãs...
R: Confesso que fiquei ali com uma pequena zona de diálogo na qual agora raramente entro.
L: Choque de tetas, no caso da Floribela.
R: Tadita da fofita... o centro de gravidade meio metro à frente da barriga e os olhos de borrego devem tê-la iludido.
L: Sei o que é isso, ele há assuntos que mais vale não discutir com algumas pessoas.
R: Ainda havemos de encontrar a floribela nas portagens de Sacavém.
L: Ou como caixa no Jumbo do Seixal, como a Maria Armanda.
R: A sério? Quem é essa?
L: Aquela do "eu vi um sapo".
R: Porra! Como é possível? Alguém que contribui tanto, que faz subir a fasquia mental de um modo maravilhoso e aumenta os horizontes do sonho nas crianças que serão o futuro deste país...
L: Acho que se ela fizesse uma versão actual ainda era capaz de ir à Praça da Alegria, tipo "eu comi um sapo" (dj c-xal remix).

quarta-feira, outubro 03, 2007

Como tratá-la no 1º encontro…de modo a haver um 2º. (parte 1)



Ouço frequentemente reclamações das minhas amigas, os homens não fazem ideia no que diz respeito a planear um primeiro bom encontro. Não querendo ofender alguns dos machos que por aí andam (bem-intencionados segundo me parece), mas a verdade é que os gajos não fazem ideia do que fazer, onde ir, como agir ou o que usar no primeiro encontro.

Eu sei isto por experiência própria. Já tive a minha parte de maus encontros – saídas desastrosas, ao nível da música do Titanic. Contudo, ele há um encontro que perdura como o pior de sempre.

Cheguei a casa dela com as minhas calças de ganga e sweat-shirt favoritas (apesar de não serem lavadas há duas semanas, vesti-as de propósito para a ocasião); ela, por seu lado, tinha um vestido preto acabado de comprar (será que pensava que iamos a algum casamento?). Quando lhe perguntei onde é que iamos, ela respondeu incrédula “Ah. Querias ir a algum lado?” Chegado a esse ponto, devia ter regressado a casa, mas respondi com uma pontinha ligeira de sarcásmo, “Sim, não estava a pensar ver a novela. Deve ser por isso que se chama uma ‘saída’, não?" Tinha pensado num bom jantar (um super menu BigMac e uma Happy Meal para ela, pagava eu e tudo), talvez um filme no Corte Inglês e um balde de pipocas para dividir (pagava ela); mas não, tudo o que tive foi um passeio na Amadora que culminou com uma seca de uma hora no parque a vê-la fumar, comer pastilhas, olhar-me nos olhos, abanar a cabeça, suspirar, e vice-versa. Quando finalmente chegámos a casa dela, ela disse-me que tinha adorado e perguntou-me se eu queria voltar a sair outro dia.
Respondi-lhe educadamente “antes preferia ser sodomizado pelo macaco Adriano".