
“Seman é um homem solitário de meia idade. Os seus dias são passados ou à janela de um modesto apartamento ou vasculhando no lixo em busca de surpreendentes tesouros recicláveis. Invariavelmente de calções e chinelos, e com um cigarro ao canto da boca, Seman não hesita em meter-se com os transeuntes oferecendo-lhes uma boa piada, um ou outro bom conselho ou, até mesmo, uma incompreensível tirada filosófica. Seman sente-se particularmente atraído por uma das vizinhas que lhe devota algum carinho e atenção. Mas Seman tem um lado mais negro, fruto de pesadelos, alucinações e fantasias. Seman é o protagonista deste SHARK IN THE HEAD, primeira longa da checa Maria Procházkóva. O filme, que mistura imagem real e animação, é não só uma bizarra viagem ao interior da mente de um esquizofrénico mas também uma delicada meditação sobre a solidão.”
Na minha opinião, e tendo em conta os filmes que vi, este foi o melhor da competição de longas metragens do Indie Lisboa. Não é particularmente dramático, sério ou com uma mensagem pesada. É um filme triste e bonito. Daqueles que não se esquecem porque todos nós temos um Shark in the head.
Ainda vai estar em exibição no sábado, cinema Londres, por volta das 14h.