quarta-feira, junho 14, 2006

Obscuro

O amor não é senão a necessidade de sentir-se com outro, de pensar-se com outro, de deixar a insuportável solidão de quem se sabe vivo e condenado. E assim, procuramos no outro não quem o outro é, mas uma simples desculpa para imaginar que encontrámos uma alma gémea, um coração capaz de bater e quebrar o silêncio entre os latidos do nosso, enquanto corremos pela vida ou a vida corre por nós até acabarmos.

5 comentários:

Anónimo disse...

“Amor são duas solidões protegendo-se uma à outra”.
Rainer Maria Rilke

(li algures)

Unknown disse...

Bom dia, Alexandra.

É curiosa, esta dimensão que assume a solidão. Como se alguém deixásse de existir pelo facto de não estar acompanhada.

Just a Girl disse...

Lá está! É mais um escape para nao nos sentirmos indefinidos...

Unknown disse...

Mas o amor é algo também indefinido e incontrolável, por isso assusta.

Anónimo disse...

E que fazes tu? A correr pela vida? Escreve! :p