quinta-feira, novembro 26, 2009

Da pele



Há portas que se abrem em água a ferver: sais de um rio e entras num rio; os teus ossos tremem de ignorância sob os umbrais, enquanto tu navegas por desconhecimentos. O silêncio reúne perigos de primeiro grau, com possibilidades de palavras que surgem da epiderme.

2 comentários:

Maria disse...

Em silêncio no fundo silêncio da parte ignorada do mundo
escrevo meus poemas que estão para lá da literatura
das leis costumadas
do êxtase dos imbecis.

A minha poesia não nasce da florescência incoerente dos sonhos
mas da ordem rigorosa da geometria
tira a pele do fruto
traça o seu plano
dispõe no espaço os objectos
limpa as ruínas do passado
e promete um futuro mais belo.

Eis a essência da minha poesia
o conteúdo das minhas palavras
o sentido que diriam insensato das minhas confissões
chuva de fogo
e tilintar de estalactites
que segundo a lei dos contrários
vivem lado a lado simultaneamente

[K.Lajos]

Abraço-te,

Unknown disse...

O mar é longe,mas somos nós o vento;
e a lembrança que tira,até ser ele,
é doutro e mesmo,é ar da tua boca
onde o silêncio pasce e a noite aceita.

[Pedro Tamen]

Beijo-te,