segunda-feira, janeiro 17, 2011

25 de Abril Redux, poeta Alegre?



Longe de mim fazer de uma situação complicada uma ainda mais complicada mas chegou-me um cheiro a ideais apodrecidos no ar. Os sindicatos andam a ameaçar com mais greves gerais; em Portugal ergue-se de novo a possibilidade de uma primavera escaldante. Mas qualquer historiador que se preze (o que exclui o Fernando Rosas) irá dizer-te que há frequentemente um lapso de tempo entre o início de um desastre económico e a acumulação da fúria social. No primeiro acto, o rebentar de uma crise despoleta inicialmente a desorientação irracional; a procura apressada de messias políticos; respostas instintivas de auto-defesa, mas não uma mobilização organizada de indignação enraivecida como o que o poeta Alegre bem tenta esgalhar.

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