segunda-feira, agosto 20, 2007

Death Proof? Smack my car up!


Os filmes do Quentin Tarantino têm este efeito em mim: surpreendem-me e colocam-me num estado de ansiedade à espera do próximo, viciantes e alucinantes, psicotrópicos em película. Para além de abordagens inovadoras (mesmo quando vai buscar a matéria-prima a territórios extintos), ele tem uma soberba técnica de construir uma história e dar corpo a personagens deliciosamente obscuras.

Todos os actores são fantásticos, incluindo o próprio Tarantino – ele respira a sua própria vida neste (e nos outros) filmes.
A montagem é terrivelmente coerente. A linguagem amarga e pornográfica. O technicolour transforma-se em preto e branco como se alguém se tivesse esquecido de o revelar correctamente e de repente lá vem, a cor outra vez.
A banda sonora? É ouvir.

Tudo coisas más, certo? Errado, tudo muito bom!

1 comentário:

Rita Pereira disse...

Como eu me revi nos diálogos deste filme. Simplesmente brutais e verdadeiros. É verdade, nós somos mesmo assim quando estamos juntas...

Qual futebol e qual política, quando há coisas bem mais interessantes para conversar.

Um bem-haja ao senhor Tarantino e a ti l.gato :)