segunda-feira, março 23, 2009

O ataque dos Morangos Assassinos?



Os atiradores das escolas de Erfurt, Emsdetten e Winnenden têm todos uma coisa em comum: são todos provenientes da mesma sociedade alemã. No entanto, ao procurar conclusões a retirar deste acto monstruoso, não devemos olhar apenas para novas leis, proibições ou limitações (à loucura de alguns e a liberdade de outros). Devemos sobretudo olhar-nos ao espelho.

Aqueles que dizem agora saber o que deve ser feito estão a mentir. A lista de exigências agora feita faz parte do processo de recalcamentos em curso. Os conservadores atacam os jogos de video violentos, um hobby bastante comum dos jovens eleitores poucos dados a conservadores e conservantes. E, com os políticos e conselheiros da praxe sob pressão, os resultados são apresentados hoje para serem questionados amanhã.

As discussões políticas no rescaldo dos tiroteios escolares irão seguir o rumo do costume: as leis sobre o porte de armas ficarão mais rigorosas. Até mesmo as questões colocadas aos políticos e aos espertos do costume são as mesmas: Poderia alguém ter evitado este tiroteio? Porque não pode a polícia monitorizar os chat rooms na Internet, onde são insinuados crimes e escapadelas pendentes?

A questão da responsabilidade pessoal é uma que raramente surge, mas é esta que deveria estar em foco no debate público. Se os pais não podem ser responsabilizados pelas acções dos seus filhos, quem pode?

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