segunda-feira, março 09, 2009

A Igreja e as Gajas



Ontem foi Dia da Mulher. Era suposto estar a escrever sobre a minha mãezinha que é uma santa… nada disso. Em vez disso, o que penso sobre a natureza insidiosa de uma perspectiva bíblica chamada complementarismo. Bem, depois de algum trabalho (confesso que) feito em cima do joelho fiz um apanhado de algumas opiniões. Eis porque acho tudo isto uma bela merda.
O complementarismo descreve uma visão teológica defendida por alguns cristãos de que os papéis distintos e não sobrepostos do homem e da mulher, assumidos no casamento, na igreja, na lide e na liderança, são biblicamente imperativos. O termo é relativamente recente mas não é mais do que a versão politicamente correcta do que era conhecido como a visão Tradicionalista ou Hierárquica das relações entre géneros (embora por vezes o tradicionalismo se aplique, não estou aqui a falar de relações sexuais).

O complementarismo é uma esquema complicado de ginástica intelectual que tenta justificar a atribuição da autoridade ao macho, com o fundamento de que a autoridade é apenas um entre muitos outros papéis desempenhados pelos seres humanos (sendo o passar a ferro outro papel muito importante que deveria ser exclusivo da fêmea, por exemplo).

Será que estas eminências parvas cristãs compreendem a natureza do amor mútuo e tudo o que isso implica?

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