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Procuro na sombra. Ali, nos confins da mão que ergo como uma asa. Aqui termina todo o meu ser, a carne acaba e começam os astros, a luz das estrelas. Aqui começa o mar. O único junto a quem habita, desde sempre, a eternidade errante da terra. Aqui começa o mar, aqui termino.
Por debaixo de mim os enterrados, navegando por outro mar sombrio, o da morte, onde um vento os empurra até ao confim. Deus nada pergunta, porque Deus em nada existe. A terra cala, porque nada espera. Um só homem, sob os planetas, a sua morte inútil.
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