Há não muito tempo disse-me alguém que
era o seu restaurante favorito, o mais fashion,
o mais “glamouroso”, que iria promover a paz mundial e o arrefecimento global e
que era uma falha enorme eu nunca lá ter ido. Pronto, fui lá este sábado.
Pedro e o Lobo, o restaurante com dois chefs imberbes e alegadamente talentosos.
Confesso que estava curioso. A sala de refeições é bonita e bem mobilada, apesar
do excesso de luz artificial. A refeição? Consegue-se bem melhor pelo mesmo
preço (Alma) ou mais baratos (Cantinho do Avillez, Tasca da Esquina, Ibo, Salsa
e Coentros,…). As navalhas com pera e rabano eram de uma mediocridade
confrangedora; os peixes (robalo, salmonete e bacalhau) apenas impressionaram
pelo tamanho diminuto da dose; a carta de vinhos é curta e altamente inflacionada
(nenhum tinto abaixo dos 22€). Uma pessoa não pode deixar de se sentir enganada.
Pedro e o Lobo. Mau? Não exageremos,
digamos antes medíocre. É daqueles restaurante de moda, com imenso cachet e armado
em gourmet. E é um restaurante a que
não voltarei. Foi uma perda de dinheiro para toda a gente, incluindo para o
próprio restaurante.