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Desafio os liberais a repensar as suas ideias de diversidade e do Estado-providência. Há não muito tempo atrás, Portugal era um país estratificado por classes e regiões. Na maior parte das cidades, subúrbios, vilas e aldeias era possível prever atitudes, e até o comportamento, das pessoas que lá viviam. Na maior parte do país, hoje já não é verdade. O país deixou de ser a família da santíssima trindade: futebol, fado, fátima.
Para algumas pessoas isto é causa de desorientação – uma mudança que associam à crescente incivilidade da vida urbana moderna. Para mim, é um sinal da inevitável, e benvinda, marcha da modernidade. Após séculos de normalização, industrialização, urbanização, construção da nação e revolução, os portugueses ficaram mais livres e, consequentemente, mais diferentes entre si.
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