sexta-feira, maio 19, 2006

Eurotrashvision Song? Conteste!



Ontem dei por mim a tentar saber o que é na realidade o Festival da Eurovisão, e até onde poderá descer a sua qualidade? Ou será que é propositado, como uma escultura de Nossa Senhora de Fátima feita de excrementos de ovelha enquanto objecto artístico?

Desde 1956 que o Festival da Eurovisão atemoriza as pessoas pela Europa fora. Os países votam em canções (?) e em grupos, destes juris fazia parte a minha avó (em 1977, o Reino Unido teve um concorrente punk, que ficou em último lugar com uma canção chamada "Shut the Door in my Face". Eu tinha 7 anos e até eu teria achado uma merda). Por vezes, os países escolhem as suas maiores estrelas para os representar... De qualquer modo, a maior parte dos concorrentes da Eurovisão parece que vieram directamente de um salão de cabeleireiros especializados em choques electricos. A Eurovisão é fundamentalmente uma questão de vergonha nacional.
Ocasionalmente, como no caso dos Abba, a banda vencedora segue para a fama e fortuna, mas a maior parte nem por isso. Tem ali mesmo os seus 3 minutos e 12 de fama e ficam condenados ao limbo eterno das festas de provincia, talk shows matinais para estrelas decrepitas que nunca o foram e natais de hospitais.

5 comentários:

Anónimo disse...

Olá L. Gato.

Sendo Português, provavelmente sabes bem que todas as canções que concorreram ao Festival da Eurovisão possuem uma qualidade tal que prometemos a nós mesmos nunca mais perder tempo a ouvi-las. O tempo é precioso demais para o esbanjarmos com exercícios gratuitos de masoquismo. Bem, mesmo comparando com tal média qualitative, a canção de Portugal era tão má que o país pode ficar feliz por ainda ninguém se ter lembrado da atribuição de pontos negativos. Já se invadiram países por bem menos que isto. A minha namorada e eu (ela obrigou-me a ver) ficamos sem falar durante 32 minutos; além das outras 3 horas que nunca voltarei a ver. Em busca do tempo perdido? Não adianta, foi-se.

Abraços
Fernando M.

Unknown disse...

Caro Fernando M.,

No que diz respeito ao Festival de Eurovisão, tenho que admitir que permanecer sentado durante a coisa completa é um autêntico auto de fé que nada tem de patriótico (é quase tão mau como ler o livro do M.M. Carrilho). Vivendo eu em Portugal, acostumei-me a fenómenos inexplicáveis tais como as vendas dos discos dos Delfins. A canção portuguesa é muito má, a música não se percebia, e o guarda-roupa absurdo.
É algo de que nos devemos envorgonhar e que, por amor à Pátria, deveriamos evitar repetir. A música da Eurovisão é (por definição) uma merda na sua forma músical mais pura (a par dos Santana). Mais valia irem para lá descascar pepinos, pelo menos era algo mais construtivo.
Para quando um vibrador Hello Kitty?

Um abraço.

Just a Girl disse...

Que dizer entao da Finlandia...Coitado do Clímaco! Só conseguia dizer : "Eu já nao percebo nada disto"....

Unknown disse...

De facto, a Finlandia foi uma supresa. Uma espécie de cruzamento dos piores mundos: Buffy, bandas de hard rock fm, tudo bem mexido e exposto às radiações de Chernobil.

Já nada me surpreende. Volta Armando Gama, estás perdoado!

Anónimo disse...

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