Em relação a analogias, esta é uma das boas; podes entender agora um pouco do que senti numa tarde de verão de areias quentes e águas luminosas. Eu estava aqui e, em frente a mim, um abismo impensável que se abria profundo entre dois mundos, o da matéria e o do sentir.
Até hoje, os homens de ciência são incapazes de dar conta da presença, ou de especificar, as funções de um certo grupo de neurónios do cérebro. Este grupo seria uma terra de ninguém, apenas desperdício de espaço para dar origem a teorias imaginativas. Eu não estou de acordo com os especialistas (os “expertos” como diz o meu pai), eu estou perfeitamente consciente das possíveis funções daqueles centros nervosos no esquema das coisas. Com um toque posso fazê-las entrar em jogo, com um toque digo, posso libertar energia, com um toque posso estabelecer comunicação entre este mundo e o dos sentidos.
1 comentário:
Será que tem mesmo de existir esse abismo entre a matéria e o sentir?
Eu corro, fecho os olhos, grito, deixo voar o pensamento e tento agarrar o sentir.
Tudo na esperança de enganar esse abismo.
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