Regresso depois de uma ausência de alguns dias.
Sinto-me estranho. Custa um pouco respirar, tenho a garganta e o peito apertados, a cabeça inchada, como se estivesse embriagado. Auto-diagnóstico: claustrofobia laboral – as paredes estão mais perto do que me lembrava, o tecto mais baixo. É improvável o escritório ter diminuído. Ainda estarei a crescer? Aperto-me entre portas, encaixo-me na minha secretária coberta com o pó da espera. Este espaço é, claramente, muito pequeno. Desculpem, mas não me posso demorar. Lanço um ultimo olhar em redor, para cima, para baixo; na minha cabeça, uma imagem fixa – o caminho até à porta -. Viro-me para a saída, torço o puxador.
Diz-me, plantáste este jardim, este labirinto selvagem, na minha ausência, sem nada me teres dito? Ou terei andado através dele sem me deixar perder?
Posso ficar mais um pouco?
1 comentário:
Senti algo parecido, misturado com a liberdade de poder ser Mulher outra vez!
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