quarta-feira, junho 22, 2005

vida

Estar viva hoje é algo que devo absolutamente ao acaso.Portanto é de louvar cada dia,cada momento, cada segundo do resto da minha vida. Não é que eu me considere religiosa,talvez um pouco chaman (será assim que se escreve?), mas também não ando a atirar pedras para um monte de calhaus com fitas azuis no topo. O meu templo é sem dúvida a natureza, a minha deusa a lua e a minha oração a contemplação!
O grande acaso foi o ter saído inteira depois de 4000 km,num pegeot 405 nas estradas do Irão. É uma verdadeira batalha andar nestas estradas cheias de camiões pesados com mais de 20 anos. Ninguem liga à sinalética ou regras de trânsito, assumem sempre que não vem nenhum carro em sentido contrário,portanto ultrapassar sem visibilidade é normal. No que eles chamam auto-estradas, os condutores fazem inversão de marcha, param para vender melões ou para lanchar com a família...
Vi tantos carros acidentados e vi um acidente mesmo à minha frente, um carro que vinha em sentido contrário que decidiu virar à esquerda, pela frente encontrou uma mota.
Pormenores à parte, o importante é estar viva antes de morrer.

1 comentário:

Carlos Gouveia disse...

Estar vivo. Lembrei-me do texto, do segundo de vida. Um segundo, um pormenor de vida.