Uma cidade à beira do deserto, mais perto do Afeganistão e Pakistão, na rota do ópio.
A população mudou completamente, são mais pobres, com o olhar mais pesado. Na habitual visita ao mercado da cidade senti-me desconfortável e reparei que um homem de mala nos seguia... BRRRRRR... Mas isso não me impediu de comprar umas sementes para misturar com o chá preto.
Ontem fui ver um pôr do sol nas montanhas, não resisti em tirar várias fotografias em contra luz. Eu sei que provavelmente o filme ficou queimado, mas não resisti!
Hoje o destino foi Reyan, uma cidadela a 100 km de kerman, e toda feita de lama das montanhas e é uma pequena amostra do que foi Bam (cidade completamente destruida no sismo de 2003).
O próximo destino será o deserto, dois dias de caminhada e a dormir em tendas com a população nómada.
Amanhã é também o dia das eleições. Não percebo muito de marketing político mas parece-me que eles ainda têm muito que aprender, ou será uma questão cultural? As fotografias raramente são de frente, parece que os candidatos estão sempre a olhar para muito longe, não transmitem confiança nem seguranca, só distância.
4 comentários:
O Deserto é certamente o lugar mais perfeito para nos sentirmos bem porque fracos diante de uma imensidão vazia.
A historia das cidades só acompanhará de longe o sentir e o estar num tal lugar.
É uma espécie de enquadramento.
O luar no deserto, como será?
O por do sol do deserto, esse sim, como o do mar, será perfeito.
Marte..será que se vê melhor Marte do Deserto.
Eu já vi o luar no Deserto. E o céu muito muito muito estrelado e Vénus, ali tão perto...Vale a pena!
...e estou a adorar estas tuas crónicas de viagem, Purykura.
Nao vi o luar no deserto. Essa tera que ser uma outra experiencia, quem sabe a proxima?
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