terça-feira, novembro 22, 2005

Viagem de nada a nada

Durante os últimos três anos a minha não tem seguido um rumo fixo. Indo de nada a nada, sem patrão nem destino, sem refúgio. À deriva. Empenhado na inutil fuga de mim próprio, em busca de um lugar onde cair vivo. Bebendo Bacardis e beijando lábios e vendo filmes e escrevendo textos, em geral bastante maus, há que reconhecer tudo isto.
Bacardependente assumido. Nunca poderia ser Burroughs.

Uma vida em constante movimento, a travessia contínua, saídas a horas improváveis, encontros em lugares inesperados, perseguições, enganos, traições, vinganças, caras novas, gente nova, caramelos, cachupa, idas e vindas, nenhum lugar seguro, nenhum dia igual a outro. A vertigem da aventura, mais um copo.

Vendo bem as coisas, nem foi assim tão mau.

4 comentários:

Lu disse...

Bem animado...
Mas também sabe bem parar e sentir. Só sentir.

black_bri disse...

Muita coisa em comum. Partir serm destino, chegar sem ter algo à espera. Mas sempre a aprender!

Anónimo disse...

Vendo bem as coisas, a diferença que encontro é que eu sinto que tenho andado empenhada em encontrar-me a mim mesma. No entanto fico sempre desapontada por não ter ninguém à espera!

Unknown disse...

É um corolário da Lei de Murphy: "quando menos esperares, encontras-te".

Aconteceu comigo: encontrei-me quando deixei de me procurar; encontrei-me do outro lado do mundo, e, quando regressei, ainda cá estava.

Benvinda ao sofá, Andreia.