sexta-feira, julho 29, 2005

Humanos, todos pouco humanos

O Cristianismo como antiguidade. – Quando ouço os velhos sinos badalar numa manhã de domingo pergunto-me: como é possível? Isto, por um judeu, crucificado à dois mil anos atrás, que dizia ser o filho de deus? A prova de tal afirmação está em falta. A religião cristã é uma antiguidade projectada através dos tempos, desde a pré-história.

Alguém que leva os seus discipulos a beber o seu sangue; orações por intervenções miraculosas; uma justiça que aceita o inocente como sacrifício; pecados cometidos contra um deus, de acordo com um deus; medo de um além para o qual a morte é o portal; a forma da cruz como um símbolo num tempo que já não conhece a sua função; mais tribunais, a inquisição! Pode alguém acreditar que tais coisas continuem a ser acreditadas?


(L. Katz Nietzsche)

3 comentários:

Lu disse...

É o anti-cristo.
É triste que a igreja seja das poucas fontes de inspiração da nossa sociedade. MAS sempre é mais interessante que a televisão!

A magia é importante, num templo, num monte de pedras (é o que gosto mais - adoração da natureza), numa cerimónia ou nas conversas interiores.

Eu sou agnóstica, mas respeito todas as religiões (menos extremismo, católicos, islâmicos ou políticos).

O importante é que haja alguma espiritualidade, que o motor não seja a telenovela, a mala nova ou as férias num hotel de 5 estrelas.

Unknown disse...

Concordo. A espiritualidade é importante; para mim, e ao contrário do que muitas pessoas nos querem fazer crer, esta não tem nada a ver com religião mas apenas com aquilo em que realmente acreditamos.
Eu? No céu, nas nuvéns e nas pessoas que fazem parte da minha vida, no mar, na terra que piso, em ti e em mim.

anoeee disse...

Existe uma distinção que para mim faz toda a diferença...
Chama-se magia branca ou evolução espiritual àquilo que se destina a melhorar a humanidade como um todo e a fazer o bem pelo mundo que nos rodeia.
A magia negra ou satanismo é o que se destina a melhorar a vida de um indivíduo mesmo que para isso se tenha de sacrificar toda a humanidade.
Infelizmente, parece-me que esta distinção não é clara nos vários cultos existentes.
Eu acho que tudo o que for destinado ao bem do mundo deve existir, tudo o resto, mesmo que se chame de «Igreja Católica» deve ser banido, porque é mentira.