quarta-feira, agosto 03, 2005

Mortal

Encolho os ombros, olho para o céu, duas ou três núvens que andam de prédio em prédio, que desaparecem de seguida por detrás de um monte, em direcção ao sul, o sol esconde-se nelas. Amanhã talvez faça menos calor que hoje, o ar seca, as flores caem, eu caminho, marcado por uma felicidade que não tem definição, nome, classe.
Continuo, como uma figura que não encaixa na cena, que não consta no argumento, mãos nos bolsos, camisa branca enrrugada. Mantenho-me a passo com uma brisa ligeira que traz do mar a mensagem do sal, do céu, da distância, recordações da sua fúria e, de ainda mais longe, outras cenas, outras figuras, praias onde se poderia imaginar o mar como a fronteira mais distante a partir da qual existe outro mundo.

2 comentários:

Lu disse...

Hum... Fiquei embalada...

rafael disse...

bzui gostei