quarta-feira, agosto 17, 2005

O mar, o mar - fim

“Com mais frequência do que se pensa, aquilo que as pessoas fazem é aquilo que querem fazer”
Iris

Aconteceu algo durante a semana passada. Não foi do livro. Não foi do funeral. Não foi da chuva sobre a terra quente. Não foi de ver toda aquela terra queimada. E foi tudo junto.

Parece que as pessoas estão sempre à procura de uma razão para não agirem, para justificarem o que têm não deixando de exprimir o que gostariam de ter. Refugiam-se em ilusões, em construções racionais sem o mínimo de vontade própria. Eu também faço parte dessas mesmas pessoas, quero ver mais além mas continuo aqui. Afinal o que é que eu quero daqui para levar para o “mais além”?

Foi assim que começou a revolução.

4 comentários:

Anónimo disse...

A culpa é da vontade...que vive dentro de ti...

Unknown disse...

É na inércia que nos julgamos seguros. Rodeados do previsível e do controlável_ do conhecido.

é fácil desejar ir. é difícil querer ir, assumir os riscos todos da ida...

"O que dá valor à viagem é o medo".

anoeee disse...

Às vezes há dois em mim: um que faz aquilo que faz; e outro que despreza o que faz e diz que não o faz de verdade, que são os outros que me obrigam, que eu nunca o faria...
Um representa a pessoa que eu sou e que eu quero mudar; o outro a pessoa em que me quero tornar.´
Só assim poderá existir evolução...

anoeee disse...

O que se leva para o "mais além"... Também estive num funeral, também senti a chuva na terra, também vi toda a terra queimada, também me sinto assim...
O que se leva para o "mais além"... Hoje li uma frase do Buda: não há caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho. Acho que a minha perspectiva é esta.